ATA DA TRIGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO SOLENE DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, 23.10.1990.

 


Aos vinte e três dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e noventa reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Trigésima Segunda Sessão Solene da Segunda Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatura, destinada a homenagear a Escola Estadual de 1° grau Nações Unidas pelo transcurso do seu vigésimo aniversário de fundação. Às dezessete horas e sete minutos, constatada a existência de "quorum", o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Ver. Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Profª Zuleica Nunes Dellinghausen, Diretora da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas; Profª Sílvia Elaine Macedo Rodrigues, Vice-Diretora da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas; Sr. Constantino Bottin, participante da Comissão idealizadora da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas; Sr. Darcy Consalter, Presidente da Sociedade Comunitária do Parque Santa Anita; Aluno Daniel Tavares Rodrigues, Presidente do Grêmio Estudantil da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas; Srª Neusa Silveira Soares, Presidente do Círculo de Pais e Mestres da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas; Srª Donata Correa da Silveira, Presidente do Clube de Mães Machado de Assis; Tenente PM Pedro Vladimir Almeida Lopes, representando o Comandante Geral da Brigada Militar; Ver. Ervino Besson, Secretário “ad hoc”. O Ver. Valdir Fraga, como Autor da proposição e em nome das Bancadas do PT, PMDB, PCB, PFL e PL, congratulou-se com a escola homenageada pelo transcurso de seus vinte anos de fundação, discorrendo sobre a trajetória desse estabelecimento de ensino, marcada pelo despreendimento de seus mestres e colaboradores e pelo apoio sempre recebido da comunidade a qual serve. Lembrou, especialmente, os nomes do Padre Alfredo Hoff, um dos fundadores da escola, e da Professora Zuleica Nunes Deslinghausen, a sua atual diretora. O Ver. Omar Ferri, em nome da Bancada do PSB, dizendo ter a Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas surgido como fruto da luta da comunidade, analisou o trabalho sério, o espírito empreendedor e o alto sentido comunitário de seu corpo docente. Destacou ter sido esse estabelecimento vanguardista em pesquisas de laboratório em ciências, alcançando projeção em todo o Estado e merecendo o aplauso da população porto-alegrense. Lembrou ter entre a assessoria de sua Bancada, um ex-diretor da escola homenageada, o Prof. José Roberto Diniz de Morais. O Ver. Luiz Braz, em nome da Bancada do PTB, ressaltando o baixo índice de criminalidade observado no Bairro Nonoai, comentou o tipo de educação praticada nas escolas dessa área, analisando os pontos essenciais que devem ser ressaltadas em estabelecimentos educativos e augurando que a luta pela qualidade de ensino continue a ser efetuada pela Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas. Atentou para o trabalho conjunto verificado entre esta escola e a comunidade da região a qual se destina. Registrou, ainda, a presença, do Ver. Antonio Losada. O Ver. Mano José, em nome da Bancada do PDS, declarou ser justa e merecida a presente homenagem, narrando a história da fundação da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas e ressaltando sua capacidade de sobreviver às crises e problemas apresentados pela educação em nosso País. Destacou ser esse colégio um dos primeiros a colocar em prática os parâmetros da reforma de ensino, atentando para o desenvolvimento cultural do bairro no qual ele se encontra instalado. E o Ver. Ervino Besson, em nome da Bancada do PDT, dizendo ser a educação e conscientização do povo a solução para o País, analisou as dificuldades enfrentadas pelas escolas para colocar em prática o processo educacional. Comentou seminário realizado no Colégio Julinho, para discutir questões relativas à precariedade da educação brasileira, salientando o descaso do Governo Federal para essa área e a necessidade de participação das comunidades junto às escolas de suas zonas. Após, o Sr. Presidente registrou as presenças, no Plenário, dos Senhores Sérgio Barbarena e José Roberto, respectivamente, 1° Diretor e ex-Diretor da escola homenageada. Em prosseguimento, o Sr. Presidente concedeu a palavra a Srª Neusa Silveira Soares, Presidente do Círculo de Pais e Mestres; ao Aluno Daniel Tavares Rodrigues, Presidente do Grêmio Estudantil; e à Profª Zuleica Nunes Dellinghausen, Diretora da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas, que agradeceram a homenagem prestada pela Casa. Ainda, o Sr. Presidente registrou a presença, no Plenário, do Sr. Sérgio Soares, ex-aluno da escola homenageada e atual Presidente da UMESPA, e procedeu à entrega de exemplar da Lei Orgânica Municipal de Porto Alegre à Diretora da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas. A seguir, o Sr. Presidente agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e doze minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Valdir Fraga e secretariados pelo Ver. Ervino Besson, Secretário “ad hoc”. Do que eu, Ervino Besson, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1° Secretário.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Valdir Fraga): Damos por abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a homenagear a Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas, por Requerimento deste Vereador e aprovada por unanimidade pelos Srs. Vereadores.

Registramos a presença do Ver. Mano José neste Plenário, que será um dos oradores desta Sessão.

Professores, alunos, pais, amigos, festejamos, nesta tarde, os 20 anos de fundação da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas, modelar centro de ensino do Bairro Nonoai, cuja data transcorre, na verdade, mais precisamente amanhã.

Idealizada por verdadeiros beneméritos, iniciou-se sua vitoriosa trajetória nos anos 1970, toda ela marcada por lances de desprendimento de seus mestres e colaboradores, contando, ainda, com o apoio incondicional da comunidade a que serve.

Está conosco o Sr. Bottin, que representa aquela comunidade, juntamente com a Presidente do Clube de Mães Nações Unidas, que sabe muito bem das dificuldades que se teve no início da criação da Escola Nações Unidas.

A Escola Estadual Nações Unidas começou modesta. Graças, no entanto, aos esforços do Padre Alfredo Hoff e seus seguidores, transformou-se em motivo de orgulho para todos os porto-alegrenses.

Apesar de todas as dificuldades iniciais, a Escola Nações Unidas tem um estilo diferente, ela recebe um carinho bem mais próximo da nossa comunidade, até porque essa comunidade participou da sua construção. Então, ela se torna uma escola mais caseira, mais artesanal. Ela é como se fosse um pedaço da nossa casa. Estou dizendo da nossa casa porque, apesar de não ter feito quase nada pela Nações Unidas, sou um dos amigos da comunidade, um dos parentes e nós precisamos da Nações Unidas cada vez mais. Ela é um subsolo, na verdade, ela está ali, no primeiro plano. Mas nós gostaríamos que ele estivesse, fosse considerado subsolo para que pudéssemos chegar, com a Nações Unidas, até o terceiro ou quarto andar. Ainda temos espaços e área. Nós não vamos escapar de construir na Nações Unidas mais dois ou três andares, para o bem da nossa comunidade.

O nosso reconhecimento à Diretora, à Vice-Diretora, aos professores, aos alunos, aos mestres e colaboradores, aqui representados pela Professora Zuleica Nunes e a nossa querida Vice-Diretora. São sinônimos, sem dúvida, da dedicação e amor à causa do ensino em nosso meio.

Nossos cumprimentos a essa Direção, esses professores que amam aquela comunidade, e estou olhando aqui um dos professores sentado lá no fundo e quando nos convida para uma visita à Escola, vem com uma relação de pedidos e reivindicações, com toda a razão, porque só assim vamos conseguir dar condições de ensino para os nossos filhos e os filhos dos nossos amigos.

Já se encontra entre nós o Ver. Omar Ferri, e convido-o a sentar-se aqui, porque logo em seguida irá fazer o seu pronunciamento e também o Ver. Luiz Braz.

Este é o meu pronunciamento, saindo um pouco fora da leitura e dizendo algumas coisas que sabemos e conhecemos bem de perto da nossa Nações Unidas.

O nosso abraço e que estes vinte anos se repitam por muitos e muitos anos e que continuem com a mesma dedicação, professores e alunos, para que possamos continuar com esta escola-modelo no nosso Bairro Nonoai, que vai servir de ponto fundamental para os nossos queridos amiguinhos, ali no nosso Bairro, da Zona Sul, porque eles crescendo, a nossa Cidade está crescendo, o nosso Estado e o nosso País também. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Omar Ferri, que falará em nome de sua Bancada, o PSB.

 

O SR. OMAR FERRI: Ver. Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Sr. Ver. Mano José; Ver. Luiz Braz; Senhoras Professoras; alunos presentes; minhas Senhoras, meus Senhores. Eu fiz, pessoalmente questão de fazer um pronunciamento nesta solenidade em nome da minha Bancada, fiz questão de falar e não delegar a outro Vereador essa minha incumbência. Ouvi atentamente as palavras proferidas pelo Presidente desta Casa e proponente desta Sessão Solene, Ver. Valdir Fraga. E considero que sua proposição contém notável mérito, porque pouco antes desta solenidade me informei sobre a Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas. Conheço pessoalmente esta Escola, mas um dos meus Assessores, que é o José Roberto Dinis de Moraes, foi Diretor da Escola Nações Unidas. Então, através dele, fiquei sabendo que essa Escola tem lugar de destaque no concerto das demais escolas do Estado do Rio Grande do Sul, especialmente no cotejo com os colégios de 1° grau do Município de Porto Alegre. Essa escola foi uma conquista da comunidade que trabalhou unida e conseguiu sua instalação em 1970. Acredito que muitas das pessoas comunitariamente representativas aqui presentes lutaram durante os anos que antecederam 1970 para conseguir sua criação, que foi se consolidando pelo trabalho sério e entusiasta do seu corpo docente que, de modo especial, a partir de 1972, projetou a escola no cenário estadual. Isso é muito importante, a forma como essa escola assumiu a vanguarda de pesquisas de laboratório de cunho técnico-pedagógico.

Propôs também um trabalho integrado com as escolas de 1° grau no seu entorno, tudo isso conseguido mercê do esforço, da visão administrativa e de alto sentido comunitário, de sua direção, do seu corpo docente, do Círculo de Pais e Mestres, das pessoas que lutam, como é o caso do Sr. Bottin, para o engrandecimento da comunidade, para o fortalecimento da comunidade, e também para o engrandecimento da cidade de Porto Alegre.

Por isso fiz questão de trazer o meu abraço, com muita satisfação e a minha palavra de louvação, porque esse colégio merece o aplauso da comunidade de Porto Alegre e da sua Câmara de Vereadores, com destaque todo especial do Vereador, nosso Presidente, que se elegeu com votos daquelas comunidades para o cargo de Deputado Estadual, e tenho certeza, cumprirá sua missão na Assembléia Legislativa com o mesmo denodo, com o mesmo entusiasmo, com a mesma eficiência que cumpriu como Vereador.

E tenho certeza absoluta que não só daquelas comunidades da Vila Santa Anita, do Bairro Cavalhada, Nonoai, Belém Novo, toda a Zona Sul, enfim todas aquelas comunidades muito devem ao Ver. Valdir Fraga.

Por isso estas palavras de louvor se confundem ao mesmo tempo à instituição e ao Vereador que, também, é uma instituição da Zona Sul.

Parabéns ao corpo docente e a estas pessoas que tanto colaboraram para o engrandecimento do ensino na Região Sul. Parabéns a todo o corpo docente e discente: aos alunos aqui presentes, muito obrigado por esta oportunidade de, em nome do meu Partido, falar a respeito do verdadeiro ensino do nosso País, do nosso Estado, da nossa Cidade. Parabéns ao colégio. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Ver. Luiz Braz, que falará em nome da sua Bancada, o PTB.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Valdir Fraga; Professora Zuleica Nunes Dellinghausen, Diretora da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas; Professora Sílvia Elaine Macedo Rodrigues, Vice-Diretora da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas; Sr. Constantino Bottin, participante da Comissão Idealizadora da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas; Sr. Darcy Consalter, Presidente da Sociedade Comunitária do Parque Santa Anita; aluno Daniel Tavares Rodrigues, Presidente do Grêmio Estudantil da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas; Srª Neusa Silveira Soares, Presidenta do Círculo de Pais e Mestres da Escola Estadual de 1º Grau Nações Unidas; Srª Donata, do Clube de Mães Machado de Assis; Tenente Pedro Vladimir Almeida Lopes, representando o Comandante da Brigada Militar. Meus amigos Vereadores, Ver. Omar Ferri, por esta passagem do vigésimo aniversário da Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas, o Ver. Mano José, representando a sua Bancada, senhores, senhoras.

Em nome do PTB, nossa saudação numa data tão significativa como esta passagem do vigésimo aniversário de uma escola tão importante, numa zona tão importante como o Nonoai, que é a Escola de 1° Grau Nações Unidas. Plutarco, falando sobre educação, disse uma coisa que é muito importante para o momento em que vivemos. Ele disse que ensinemos aos nossos moços três coisas: temperança, escassez de palavras e pudor no rosto, isto é, vergonha na cara. Eu acho que Plutarco, há tanto tempo atrás, acertava quando falava em educação e definiu as três coisas principais que ele achava que deviam ser ensinadas para os moços. Nos tempo em que vivemos, vendo a crise por que passamos, a sociedade, numa ebulição constante, cada vez se pronuncia mais nas diversas camadas da nossa sociedade, vemos que, de repente, dentro de uma escola temos ensinado a temperança quando nossos jovens aprendem a se controlar e temperar, é sinal de que, na verdade, estamos partindo para uma sociedade um tanto quanto melhor, e estou falando em temperança porque convivi bastante na zona do meu amigo Ver. Valdir Fraga, em Nonoai. De acordo com estatísticas, aquela zona apresenta um menor número de conflitos, apesar de todos os problemas pelos quais ela passa, assaltos que ocorrem no Parque Santa Anita. Mas a temperança é um ponto marcante naquela população, e eu acredito que tudo isto é fruto de uma educação que está sendo transmitida para as crianças, como as que freqüentam a Escola Nações Unidas, que hoje comemora o seu vigésimo aniversário.

Escassez de palavras, porque, quando vínhamos para esta tribuna, lembrávamos que não deveríamos ser prolixos, porque o excesso de palavras pode fazer com que cometamos erros, erros graves, e, hoje em dia, são muito mais importantes as ações do que propriamente as palavras, muito embora as palavras possam ser muito importantes quando bem dirigidas, bem colocadas. Mas as ações sobrepujam as palavras. E era isto que ensinava muito bem Plutarco, no seu tempo, quando dizia que as ações sobrepujavam as palavras.

E, em terceiro lugar, um ensinamento que eu acho crucial, porque o pudor no rosto, a vergonha na cara, que todas as pessoas devem aprender desde o berço, mas que também quando passam pelas escolas continuam aprendendo, é alguma coisa que não pode faltar. Estas são as três coisas que Plutarco definia como essenciais na educação. São coisas que, quando vamos falar em educação, temos que ressaltar.

Temos também que cumprimentar os professores dos dias atuais, principalmente os professores das regiões mais pobres da Cidade, e eu digo que a Escola Nações Unidas está incluída numa região pobre da Cidade. Aqueles que a freqüentam não pertencem à elite da sociedade. Por esta razão, há uma responsabilidade muito maior dos professores, dos mestres, daqueles que têm que dirigir as comunidades escolares, uma vez que estas crianças, quando adultos, irão enfrentar o mundo das diversas classes sociais e depende da educação que receberem na escola o sucesso do seu relacionamento com as demais camadas da sociedade. É muito importante o trabalho de uma escola, principalmente uma escola situada num ponto como aquele ponto em que está localizada a Escola Nações Unidas.

E devo dizer que 20 anos de uma escola nos faz lembrar que essa escola nasceu na época em que atravessávamos, no nosso País, um período melindroso e difícil, que é o período ditatorial, época mais crucial do período ditatorial, porque era época onde tínhamos, no campo nacional, toda uma estrutura de militares, e estas mesmas estruturas tentavam dar uma melhor qualidade de ensino. E foi nesta época que surgiram as principais academias militares, no Brasil, com estrutura de ensino, e a partir daí começam a ter uma importância muito grande em nossa sociedade. Houve no ano de 1978, e fazia dois anos que a escola havia sido criada, no Rio de Janeiro, um ato muito importante, intitulado “Revolta dos Capitães”, e aqui eles chamavam a atenção dos dirigentes do País, e naquela época em que as instituições militares, em que as escolas militares preparavam mal seus alunos, e que estava bem aquém do estilo ministrado pelas escolas normais. Essa Revolta foi um marco muito importante, porque foi a partir daí que tivemos a reforma do ensino, as nossas crianças começam a ter condições piores freqüentando as escolas e, em contrapartida, o oposto acontecia com as organizações militares, elas foram se fortalecendo, mas a gente não nota isto, a gente não nota isto quando entra em contato, quando sabe das coisas que acontecem na nossa Nações Unidas, quando ela foi atingida, como todas as outras instituições, exatamente no cerne da educação, da sua vida, do material com o qual eles trabalhavam. Apesar de tudo isto, lá na Escola Nações Unidas, estes professores conseguiram se superar e neste dia, quando completam 20 anos, eu tenho certeza que esta luta que está sendo superada na escola; que esta luta é muito grande mas é, no momento, vitoriosa. E a gente nota, por alguns motivos que estão aqui presentes, nós vimos que a comunidade trabalha junto com a Escola de 1° Grau Nações Unidas, e este é, realmente, um ponto vital. Uma Escola, se estiver solitária, isolada dentro da sua comunidade, não faz nada, ela tem que estar comungando junto com os organismos que a formam, que formam esta sociedade.

A gente fica feliz quando no dia de hoje vemos aqui a presença do Clube de Mães Machado de Assis, com a Donata que faz um trabalho excelente; o Bottin que é uma expressão comunitária do bairro, e fazem com que a Escola possa crescer melhor. Estes organismos que trabalham junto com a Escola Nações Unidas recebam os nossos cumprimentos, assim como recebem os nossos cumprimentos todos os professores, aqueles que lutam ao lado da Escola Nações Unidas para mantê-la melhor, e a certeza de que nós nos sentimos felizes, pois há muito tempo estamos participando da luta de vocês, e em outros locais, e assim achamos que vamos ter um futuro bem melhor. Sou grato.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, pelo PDS, o Ver. Mano José.

 

O SR. MANO JOSÉ: Sr. Presidente, Vereador Valdir Fraga, Srs. Vereadores, Senhoras e Senhores presentes a essa homenagem. (Lê.)

“É com muito prazer que venho a esta tribuna para render justa e merecida homenagem à Escola Estadual de 1° Grau Nações Unidas, que hoje completa seu vigésimo aniversário de fundação.

Sabemos o quanto é difícil sobreviver às dificuldades encontradas dentro do ensino brasileiro, o quanto é difícil superar as crises e crescer.

Toda a sua história se inicia quando esta Casa doa um terreno de 5.100m², na Rua Xavier da Cunha, Chácara Menezes – Bairro Nonoai, após incessantes solicitações do pároco da Igreja Santa Flora, Padre Alfredo Hoff.

Inicialmente o terreno foi doado às irmãs Bernardinas de São Francisco, que mais tarde abriram mão da construção da escola.

Em setembro de 1968, novamente surge, como se fosse lava incandescente que brota no seio de um vulcão, que até então adormecia, movimento que tinha como único objetivo oferecer condições aos jovens da comunidade do Bairro Nonoai para que esses pudessem ter acesso à educação e posteriormente poder devolver seus ensinamentos à comunidade, trazendo desta forma o seu desenvolvimento que hoje se observa a olhos nus.

Este movimento deu origem a uma comissão organizada e presidida pelo Padre Alfredo Hoff e constituída pelos senhores: Constantino Bottin, Flávio Soares, Gregório Peres, Delmar Santos e João Carlos Rodrigues, que se dirige ao Secretário de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul, Dr. Luiz Leseigneur de Faria solicitando a criação da escola.

O pedido foi aceito pelo Governador do Estado Cel. Walter Perachi Barcellos, através do Decreto n° 19.418 de 27 de novembro de 1968, que finalmente cria o Ginásio no Bairro Nonoai.

Em 11 de dezembro de 1968, o Secretário de Cultura do Rio Grande do Sul se dirige ao então Prefeito Municipal de Porto Alegre, Sr. Celso Marques Fernandes, solicitando a edificação de um pavilhão pré-fabricado para abrigar, em primeira etapa e provisoriamente, um Ginásio Estadual, no mesmo bairro.

Em julho de 1969, graças a esforços conjuntos da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Governo do Estado foi entregue à comunidade o dito pavilhão.

Em 7 de maio de 1970, o Conselho Estadual de Educação autoriza seu funcionamento. Finalmente, em 18 de maio de 1970, sob a direção do Professor Sérgio Pedro da Costa Barbarena verifica-se o seu real funcionamento.

Em 27 de novembro de 1970 recebe o nome Ginásio Estadual Nações Unidas.

Mais tarde esta Comissão, com o auxílio da Prefeitura, Governo do Estado, MEC e a utilização de um empréstimo da Agência Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional, consegue atingir seu objetivo: a construção da Escola Nações Unidas.

A sua inauguração foi no dia 07 de novembro de 1972, e seria a segunda escola do Premem, em Porto Alegre, e uma das primeiras no Rio Grande do Sul a colocar em prática a reforma do ensino, através dos seus professores que haviam recebido cursos especiais para tal fim, trabalhando com dedicação exclusiva.

Atualmente, a escola conta com cerca de 650 alunos de 1ª a 8ª série.

Por certo os vinte anos desta escola atestam com brilhantismo o trabalho incansável do Padre Alfredo Hoff, demais membros da comissão pró-construção da escola e dos professores diretores: Sergio Pedro Barbarena, Gilca Schaffer Lima, José Roberto Diniz de Moraes, Janete Soares Dröescher, Janira Ferigolo e Zuleica Nunes Dellinghausen, esta desde 10 de janeiro de 1986 e atualmente em sua segunda gestão.

Por tudo aqui exposto, seria desnecessário levantar os méritos desta escola, no seu vigésimo aniversário, uma vez que nós porto-alegrenses, principalmente os moradores do Bairro Nonoai, pudemos, no decorrer destes anos, sentir muito de perto a colaboração que a mesma prestou para o desenvolvimento cultural de nossa gente.

Escola Estadual de 1º Grau Nações Unidas, receba hoje os nossos sinceros parabéns e esta singela homenagem da Bancada do PDS nessa Casa, rogando a Deus que abençoe seus colaboradores, alunos e professores. Muito obrigado.”

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Ervino Besson, fala em nome do PDT.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Valdir Fraga, Srs. Vereadores, Senhores e Senhoras presentes.

Não preparei nada anteriormente, mas é uma alegria, quero cumprimentar a Direção da Escola, seus professores e alunos e dizer da alegria de estar aqui, homenageando essa escola.

Todos nós temos um sonho em nossas vidas e o meu sempre foi o de estudar no Colégio Júlio de Castilhos, mas, infelizmente, não obtive essa graça. Sabemos todos as dificuldades que as escolas enfrentam hoje para educar seus alunos e fui testemunha disso no último sábado, quando participei de um seminário no Colégio Júlio de Castilhos. Para surpresa deste Vereador, ao participar do seminário e sabendo da tradição que tem o Julinho, um colégio que formou diversas personalidades políticas do País, pudemos ver, com nossos próprios olhos, a situação em que se encontra aquela escola.

Senhores professores, queridos alunos, nós sabemos as dificuldades que hoje enfrentam as nossas escolas e se não fosse o esforço das Direções, das Associações de Pais e Mestres, dos professores, as escolas estariam em piores situações do que se encontram.

Portanto, quero desejar a essa escola que hoje completa seu vigésimo aniversário de existência, a minha mais profunda gratidão. Sei do esforço que essa escola enfrenta para poder educar seus alunos, as dificuldades são imensas, a educação do nosso povo está cada vez mais difícil, porque, lamentavelmente, sabemos que os governos de hoje abandonaram de tal forma a educação que se não houver uma mudança imediata, em termos de educação, nós teremos dias muito difíceis para o nosso País. Mas, Direção da Escola, professores da Escola, não vamos perder as esperanças. Acho que nós temos que ter nossas idéias, com pensamentos positivos, porque se nós queremos que nosso País saia da situação em que se encontra, o que nós teremos que fazer? Educar as nossas crianças. E como é difícil hoje dar educação às nossas crianças! E nós, Vereadores desta Casa, representantes diretos da nossa querida Cidade de Porto Alegre, seguidamente nós trocamos idéia com os companheiros Vereadores para a situação em que hoje se encontram nossas escolas.

Então, eu quero dizer à Direção da Escola que nós somos conhecedores da difícil situação da educação, das nossas escolas, portanto, que vocês tenham certeza que esta Casa é de vocês, e estamos aqui com as nossas portas abertas para atender às reivindicações que vocês trouxerem. E, na medida do possível, nós tentaremos fazer algo por essas escolas, porque tenho certeza que a Escola Nações Unidas também enfrenta uma série de dificuldades como as demais escolas.

Portanto, Sr. Presidente, eu fui pego de surpresa, mas é uma grande alegria estar aqui levando essa mensagem a vocês.

Eu quero parabenizar todos os componentes da Mesa e a Direção da Escola Nações Unidas, juntamente com seus alunos. Foi um prazer estar aqui dirigindo estas palavras a vocês.

Mais uma vez meus parabéns e muito obrigado. Que Deus ajude vocês, Direção da Escola, juntamente com seus alunos, que possam levar avante esta luta para educar esta crianças, que nós sabemos, são o futuro do nosso País. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Já que registramos a presença dos atuais, não podemos esquecer dos ex-diretores, das professoras.

Vamos registrar a presença do Sr. Sérgio Barbarena, primeiro Diretor. (Palmas.) Do prof. José Roberto, ex-Diretor. (Palmas.)

Como não temos os nomes dos ex-professores presentes, gostaria que levantassem os que estão presentes. (Palmas.)

Concedemos a palavra a Srª Neusa Silveira Soares, Presidente do Círculo de Pais e Mestres da Escola.

 

A SRA. NEUSA SILVEIRA SOARES: Sr. Presidente da Câmara Mu­nicipal de Porto Alegre; Srs. Vereadores aqui presentes; autoridades presentes; Srª Diretora da Escola Nações Unidas; Senhores pais e representantes da comunidade em geral; Senhores alunos. Na passagem de 20 anos de aniversário da nossa Escola Nações Unidas, como Presidente do CPM da escola, sinto-me muito honrada em agradecer pela homenagem que nos foi concedida. Por parte da comunidade da escola, por ela, trabalharemos, sempre procurando engrandecê-la e tornar a nossa escola numa alvenaria que temos e ajudar nossos alunos a serem cidadãos e responsáveis. Mais uma vez agradecemos a homenagem que esta Câmara nos oferece. Estejam cientes que continuaremos confirmando o nosso lema criado pelo nosso aniversário, “Nações Unidas, 20 anos, uma tarefa de educar.” Muito obrigada. (Palmas.)

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao aluno Daniel Tavares Rodrigues, Presidente do Grêmio Estudantil da Escola.

 

O SR. DANIEL TAVARES RODRIGUES: Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Srs. Vereadores, Diretora da nossa Escola, pais, professores e colegas.

A minha escola, hoje, está na ordem do dia. Acredito que não poderia ser diferente, considerando a importância que tem a Escola Nações Unidas para a comunidade onde resido, pois nós, jovens, esperamos alcançar a condição de ocuparmos o nosso espaço de cidadãos, nesta Nação, com dignidade e honestidade. Isso passa, fundamentalmente, pela nossa preparação para encararmos o futuro com a cabeça erguida. Falar de coisas boas desta escola que em 1990 completa 20 anos, não é nem um pouco difícil. Pode-se dizer que o esforço da direção, dos professores e alunos da nossa escola em cada parede, em cada classe, em cada aula de educação física, laboratório, de história, técnicas, enfim, em cada dia que vive ao lado desta imensa comunidade que abrange estudantes, professores, pais, direção, funcionários e diversas pessoas que por lá passaram e que compõem, unidos, a indescritível, inconfundível família Nações. Hoje, ela está seno homenageada. Homenagem justa e fundamental. Todos nós estamos de parabéns, porque esta escola está nos nossos corações. A Escola Nações somos todos nós e é muito bom fazer parte desta família. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra à Professora Zuleica Nunes Dellinghausen, Diretora da Escola Estadual de 1º Grau Nações Unidas.

 

A SRA. ZULEICA NUNES DELLINGHAUSEN: Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Valdir Fraga; Professora Sílvia Elaine Macedo Rodrigues, Vice-Diretora da Escola Estadual de 1º Grau Nações Unidas; caro aluno Daniel, nosso companheiro de todas as horas; Sr. Constantino Bottin, nosso prezado amigo; Srs. Vereadores, Omar Ferri, Luiz Braz, Mano José e Ervino Besson.

Cabe-me, na condição de Diretora, fazer os agradecimentos. Eu não sou boa de discurso. Já é o terceiro ou quarto discurso que eu escrevo, mas eu não vou ler, tenho medo de começar a ler e me atrapalhar. O que eu quero dizer, eu vou falar de coração para vocês. O Ver. Valdir Fraga, ainda não Deputado Estadual, falta ainda a diplomação, nosso grato amigo, ele disse no seu discurso inicial que alguma coisa ele havia feito pela Nações Unidas, mas que não tinha feito muito. E eu vou repetir, de público, umas palavras que eu disse a ele, lá na escola, no meu gabinete: “Ver. Valdir Fraga, desde 1986 eu o procuro, e todas as vezes que eu bati no gabinete dele, eu fui atendida, às vezes, até, de maneira mais rápida, sem burocracia, como eu tenho para me dirigir à minha chefe”. Então é mais fácil resolver os problemas através do Vereador, da Câmara de Vereadores do que na minha Secretaria. A nossa é meio emperrada.

Quando nos propuseram esta homenagem, fiquei pensando e me assustei: a Nações é tão pequena! Nós merecemos uma homenagem na Câmara, mas eu vou ter que discursar. Mas nós merecemos isto. Nós bem sabemos que merecemos. E sabem por quê? Porque nascemos com uma boa estrela, uma excelente estrela. Temos homens, como o Sr. Constantino Bottin, que foi 33 vezes à SEC, para conseguir a legalização. Ele foi incansável! A gente vai menos do que isso e já desiste, já fica cansada. Mas eles não ficaram cansados. Foram diversas vezes e fizeram isso com amor, porque eles queriam uma escola para os seus filhos, eles precisavam. Esta é a garra que os pioneiros nos deixaram! O Sérgio foi o primeiro Diretor da Escola, o José Roberto, que tanto aborreceu a minha vida, e depois vou contar para vocês que estão aqui presentes. Eles deixaram alguma coisa tão bonita na Nações, que tínhamos que continuar ou desistir. Agora vou explicar como o José Roberto atazanou a minha vida: quando comecei na direção, os professores diziam: “Porque no tempo do José Roberto...”, e eu acredito, José Roberto, que estamos voltando àquele teu tempo. Então, nesta semana estamos de aniversário e conseguimos fazer uma escola bonita, gostosa, cheia de cores, porque nós temos amigos, e eles são tantos, e foi tanta gente que trabalhou nestes 20 anos, e nesta semana, especialmente, que não vamos nominar nenhum, pois se esquecesse algum seria imperdoável. Nós temos amigos, nós buscamos. Fazemos isto porque acreditamos na educação, acreditamos numa educação de verdade, uma educação que vai além do beabá.

E eu acredito, meus alunos, que vocês vivam lá dentro, porque nós vivemos. A escola é uma extensão de nossa casa e, às vezes, de repente, a gente até mistura as funções. Mas lá é minha casa, é um lugar que nós amamos. Direção, professores, alunos, todos juntos, é assim que a gente faz as coisas lá. E não nos deixamos vencer. Nós fomos praticamente arrasados nesse verão, ficamos com um sentimento de impotência muito grande; pois nos acreditávamos no chão. Mas não ficamos chorando, não. Nós grita­mos, esperneamos para tudo quanto foi lado, nos unimos e conseguimos reerguer a escola. E, hoje, a nossa escola está muito bonita.

Convidamos a todos para visitá-la e ver o que se pode fazer quando se quer; sem dinheiro e com muita dificuldade. Nós acreditamos e vencemos. Mas, em nenhum momento, esquecemos da educação do aluno. Ela é muito pensada, trabalhada, discutida. A gente debate com os alunos, conversa com eles. Nós nos preocupamos muito com a educação e também nos preocupamos em não deixar que aquela escola se torne uma coisa morta. A Nações é a casa de todos nós e os nossos alunos, às vezes, passam mais tempo na escola do que em casa. As nossas canchas estão sempre cheia de alunos jogando. É gostoso trabalhar na Nações, porque a gente nunca está sozinho. Nenhuma escola tem um nome tão apropriado como a nossa. Nós somos exatamente isto, diversas pessoas, com suas características próprias, diferentes, mas na Nações somos um só. Não somos os três mosqueteiros, somos todos muito juntos lá dentro. As nossas disciplinas, às vezes, tomam um sentido diferente e, de repente, o Português não é mais aquele bicho que assusta, não é regra, não é análise, não é gramática, é a minha maneira melhor e maior de expressão, é o jeito que eu crio e exponho, e temos obras para serem vistas; e de repente, a matemática não são fórmulas, nem regras, são quebra-cabeças, pedaços de madeira coloridos que eu junto e me aproximo do Pitágoras; e as figuras geométricas são quadros coloridos pelas paredes; as crianças são cheiro, são tubos, são diversas coisas, é um laboratório sempre aberto, que a gente tem que pedir para o aluno, “com licença, precisamos fechar a escola”, porque eles estão lá, redescobrindo a ciência, refazendo o que foi feito. E, de repente, a biblioteca não é um monte de livros em uma prateleira, é algo vivo, que foi para a praça, e ri, e mostra cores, e reúne autores clássicos e atuais numa festa. Então, procuramos viver as coisas, e no sábado vamos ter um céu colorido, perto da Nações, teremos sol e vamos ter um monte de cores no céu que não são apenas cores, as bandeiras também estarão lá, papel colorido, que são as Nações Unidas, todos os países que representam as Nações Unidas vão balançar e se abraçar naquele sol.

É por isso que fico emocionada quando falo da Nações, porque somos assim, a Nações é sentimento, é a vontade de fazer, e faz, e cria, e cada um tem uma idéia, e se faz.

Olha, tudo que disseram da Nações, a Nações mereceu. Temos uma escola maravilhosa para oferecer para os alunos, e eles compreendem isso e nos acompanham. À toda a comunidade da Escola, a todos os senhores, só posso dizer: Obrigada, por me deixarem ser feliz na Nações”! Muito obrigada. (Palmas.)

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Senhores e senhoras, meus jovens, vocês ouviram o Ver. Omar Ferri, o Ver. Luiz Braz, o Ver. Mano José, o Ver. Ervino Besson, repararam que o Ver. Omar Ferri é do Partido do PSB, o Ver. Luiz Braz do PTB, o Ver. Mano José do PDS e o Ver. Ervino Besson do PDT. Viram como nós nos gostamos, também, mesmo sendo de partidos diferentes? As notícias que saem lá fora, quando saem são exatamente o contrário do que acontece por aqui.

Ontem discutimos, debatemos o Orçamento da Cidade, nada saiu nos jornais, parece que nós não fizemos nada.

Estou colocando assim porque eu me orgulho muito de pertencer ao Bairro Nonoai, próximo à SPAAN, bem ali pertinho da Nações e vejo que o lema da Nações é o lema que nós temos na política. Não esperávamos nunca ser políticos, nem pensávamos, e, de repente surgiu a oportunidade. Mas eu acho que já faz parte da nossa religião, a luta, de as comunidades se ajudarem a construir uma casa, com companheiros. Eu me lembro da construção do Santa Anita quando iniciou; lembro que nas construções às vezes agarrávamos uma telha, lá em cima, era a única coisa que sabíamos fazer para ajudar, naquele momento: o pessoal jogava as telhas e a gente aparava.

Então, é um bairro amigo, um bairro irmão, faz parte da nossa vida, a Nações Unidas, como a nossa comunidade. Felizmente nós nos gostamos muito, muitas vezes até sem as pessoas se darem conta, a admiração que a gente tem por uma pessoa sem até mesmo saber o nome, Antonio Losada. Às vezes, a gente gosta de uma pessoa e a pessoa nem sabe, você nunca conversou com ela, mas você nota o trabalho, o desprendimento da pessoa na nossa região.

Eu gostaria de cumprimentar a todos e dizer que a Câmara, juntamente com os Vereadores, está em ritmo de construção, o mesmo ritmo da Nações Unidas, com a ajuda de tudo quanto é lado, onde nós estamos, aqui, chovia. Isto aqui era, eu não sei denominar e já temos um teto. Já estamos recebendo auxílio para colocar o forro. À esquerda do Plenário temos o salão nobre dos Vereadores e a direita o salão nobre da Presidência, que já está em condições de ser inaugurado. Vamos inaugurá-lo na quinta-feira, extra-oficialmente, quando vamos poder debater e discutir os processos e projetos de lei até o dia 15 de dezembro. Quero colocar aos alunos, especialmente ao ex-aluno, Sérgio Roberto Neglia, atual Presidente da UMESPA, que está aqui e foi aluno da Nações Unidas. Tomara que amanhã ou depois um desses alunos estejam aqui na Câmara, junto com o Ervino, o Luiz Braz, o Antonio Losada, Mano José, dando continuidade aos trabalhos da nossa região, defendendo os interesses da nossa comunidade.

Professora Zuleica, passo a sua mão a nossa Lei Orgânica, encadernada, para deixar na biblioteca da Nações Unidas, que foi assinada no dia 3 de abril de 1990. Digo aos professores, alunos e funcionários da Nações Unidas que desejo felicidades e um grande abraço, nosso cumprimento em nome do Legislativo Municipal a todos e em especial à direção da escola. Muito obrigado. (Palmas.)

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão Solene. A Mesa agradece a presença de todos.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h12mim.)

 

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